quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Enquanto padeço com dores relaxo,
sinto o doce amargo da primeira bocejada,
vou rumo a um espaço, no tempo limite,
fim da expressão, da ação, da ilusão,
o sangre do tombo, a dificil movimentção,
o trampolim para realidade,
barbituricos e sua sanidade.


Ivo Souza

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Figuras irreais


Acontece mais uma guerra na terra,
O rastro de dor e sofrimento sente-se no cheiro,
O que será que ocorreu¿
O que teria motivado todo esse desespero¿
O som dos tambores vem do horizonte cinzento,
Pessoas caminham na direção do vento,
Parecem que perderam a força vital,
Zumbis na terra parecem algo normal,
A noite se tornou dia, e o medo tomou conta da alegria,
Quanto mais se olha, mais prefere não enxergar,
O que houve com a terra¿
Será essa a nova era¿
Crianças se tornaram velhos, caminhando com seus passos lentos,
A única estrada é cheia de melancolia, e as únicas luzes são de bombas que caem em demasia,
Oque motivou isso tudo¿
Será que enfrentamos uma guerra atômica¿
No fronte de batalha estão milhares de pessoas normais,
Se digladiando, por pequenas figuras, que não parecem reais,
O verde tornou se pó, e o azul não é mais o nosso melhor,
A água virou ácido, que corrói um a um que bebe,
Por sede de quem compadece, nessa luta sem fim.
Oque são aquelas figuras¿
A sua interpretação não dependerá de mim!

Ivo 

Abaixo ao absolutismo


O reino está em decadência,
Agora os donos do castelo que pedem clemencia,
Enquanto putas vivem na realeza, princesas que ganham dinheiro com sua beleza,
Monges, padres e o clero, estão na cruz,
Vassalos cortam cabeças de seus suseranos,
Magos perderam os poderes, e os bobos da corte que ditam os deveres,
A nobreza perdeu a graça, são esculachados no meio da praça,
A peste negra é apenas um resfriado para os aldeões,
O escravos que são os cidadãos,
A espada voltou para pedra,
É o inicio de uma nova era.
Agora a plebe que manda no rei, essa é a nova lei. 

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Difícil é amar

A Saudade é boa, nos faz querer,
Mas nos dilacera, sem poder ter,
Nos deixa destruídos,
Sem ter o aconchego querido.



Vivemos em um mundo de desentendimentos,
Dentro de um universo de tristezas,
Brigas e mais brigas, tantas incertezas.

Muitos erros, muitas falácias,
Odeio quando temos conversas ácidas,
Somente o nosso melhor devemos inspirar,
Apenas paixão e carinho devemos transpirar.

Temos que escalar o muro das saudades,
Brigar por nossas liberdades,
Vencer a tormenta no mar das agonias,
Para chegar em terra firme
E acharmos nossas alegrias.

Nosso futuro será dentro de uma flor,
Nos internaremos em um convento de amor.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Noite na cidade da tristeza

Começa mais uma noite na cidade da tristeza;

Diversão não botamos na mesa;

Apenas cartas de azar no nosso jogo preferido;

Corremos, corremos e não encontramos nenhum abrigo;

Os lugares só nos trazem nostalgia,

Todos os bares só nos deixam com azia;

Nossos cigarros viraram palha,

As músicas que tocam, cortam mais que uma navalha,

Todo prazer agora é caso de policia.

A falta do que fazer já virou notícia;

Agora basta nós encaramos a realidade;

A solução do nosso problema é mudarmos dessa cidade.

Morfologia Viva

Sílabas de prazer,


Pronomes de enlouquecer,


Vogais que nos fazem voar,


Consoantes para se admirar;


Do alfabeto eu tiro meu dialeto;


Seguido do verbo transitivo direto;


Não esquecendo daquela flexão;


Encontrada na palavra da primeira conjugação,


Traz consigo sua voz passiva,


Entrelaçada no sujeito de uma frase viva,


Vindo de um pretérito mais que perfeito;


Que bate com orgulho no peito,


Pois está mostrando apenas sua categoria;


Ele faz parte da nossa morfologia...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Síndrome da noite cansada

Síndrome da noite cansada,

que não me deixa dormir,

faz minha mente ficar alimentada.

Onde minha a fome, são emoções.

Meus instintos de prazer;

e minha realidade insanidade.

Declaro-me escravo da noite cansada;

de seu jogo maquiavélico, que brinca com meus sonhos;

me faz seu fantoche, que com seu ímpeto;

me faz pular e dançar;

me deixando embriagado;

com posturas flácidas e uniformes.

Mas logo a força se acaba;

ficam apenas os lençóis e colchões;

me encantando e hipnotizando;

fazendo me sucumbir às suas tentações.

Ivo